Lançamentos no Metal de Janeiro e Fevereiro de 2023 | Estante de Lançamentos

Num breve atraso, nós damos inicio ao primeiro semestre já com os primeiros 2 meses de lançamentos, onde já fica a impressão de que teremos um ano cheio, com diversos bons álbuns já vindo logo de cara. O que? Você não viu? Então vem com a gente conferir os lançamentos de Janeiro e Fevereiro!

Mas antes, não se esqueça de conferir nossa Playlist que compila os lançamentos do ano que passaram por aqui na Estante de Lançamentos! Disponível no Spotify e Deezer!

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LANÇAMENTOS DE JANEIRO


ὉΠΛΊΤΗΣ - Ψ​ε​υ​δ​ο​μ​έ​ν​η (Prog Black/ Death/ 01 de Jan) (CHN)
Por Caterine Souza

De longe uma das bandas com a apresentação mais intrigante do trimestre. One-man band composta por um chinês que canta em grego sobre história e mitologia grega com essa arte de capa que nada mais, nada menos é um quadro de um pintor francês, Georges Merle, chamado L'Envoûteuse (A Feiticeira). Ὁπλίτης - lê-se "PLÍtis" e significa "soldado" em grego - é uma banda de black /death dos mais chegados ao progressivo, quase que avant-garde. Seu primeiro álbum vem cheio de quebras de tempo, bateria muito rápida quase que o tempo todo e guitarras que bem se encaixam, ainda que dissonantes; além de vocais sussurrados ou vociferados quase sempre ao fundo entre um frenesi e outro.


CORA'S HEART - Anima (Post/Black / 09 de Jan) (MEX)
Por Caterine Souza

A multi-instrumentista, produtora e cabeça viciada em fazer música por trás de uma porrada de one-woman band, a mexicana Victoria Carmilla, de apenas 19 anos, traz seu segundo trabalho no Cora's Heart. Quem ouviu nosso episódio "Mulheres no Metal III", vai se lembrar de Cora's Heart em 'Erica', lançado há pouco menos de um ano. Assim como em 'Erica', em 'Anima', essa banda segue na linha de post-black metal. É atmosférico nas vozes que passeiam vociferadas pelas faixas com muita bateria trabalhada na quebra de tempos e uso bem marcado de pratos. Cora's Heart neste álbum também quase beira o sideral ao acrescentar um teclado que se prolonga, colando-o guitarras nos vocais de forme sublime.

AHAB - The Coral Tombs (Funeral Doom
/ 13 de Jan) (ALE)
Por Paulo Rodrigues

Após um aguardo de 8 anos, os Doomzistas náuticos do Ahab retornam com todo o peso e melancolia que a banda oferece. Estamos aqui com a trilha sonora do fundo dos oceanos. Tão pesada e densa quanto. Por vezes, encontramos melodias nesse trabalho, que possui influências do livro "20 Mil Léguas Submarinas" (Júlio Verne). A banda continua na linha que os fizeram um dos nomes mais renomados do Funeral Doom. Obviamente vale a conferida simplesmente por ser de uma banda desse calibre.


ALYIRIA - Heiress (Symphonic
Death / 13 de Jan) (BRA)
Por Sander Firmo

Um projeto piauiense de Symphonic Death com muita influência de Black e uma pitada de Power. Será que pode tudo isso junto soar bem? A resposta é SIM! A proposta é funcionar como uma Metal Opera ou algo do tipo, trazendo um álbum conceitual com a temática dark fantasy que sonoramente une a influência de bandas como Fleshgod Apocalypse e Cradle of Filth, com uma pegada que às vezes lembra um Rhapsody. O que todas essas influências têm em comum é executado com maestria: as orquestrações, que são acompanhadas por um instrumental pesado, dinâmico e cheio de ideias. Além de um show nos vocais que variam bastante durante o disco, com todos os estilos de guturais e lindos vocais limpos e líricos. Uma ótima estreia que deve agradar qualquer zé orquestrinha de plantão.


GRÁ - Lycaon (Black Metal
/ 13 de Jan)
(SUE)
Por Well Ferreira

O Black Metal sueco tem um som bem característico, é pesado, rápido, violento e por vezes melódico. Grá nesse álbum entrega o que tem de melhor nesta cena, a guitarra toma destaque com o uso de riffs de peso, o uso do pedal duplo na bateria parece tiro de metralhadora no meio de uma guerra, o baixo é audível mas faz o básico, o vocalista que também canta no Dark Funeral, o Heljarmadr, é outro grande destaque. Quem curte a cena sueca vale muito a pena conferir esse lançamento.


OBITUARY - Dying Of Everything (Death Metal
/ 13 de Jan) (EUA)
Por Lucas Gomes

O álbum começa com força total e uma música com tudo que os fãs de old school death metal adorariam ouvir de uma das maiores bandas do gênero, mas o álbum falha em manter o nível e entrega um compilado de bons riffs desperdiçados em refrães fracos e músicas medíocres.


KATATONIA - Sky Void Of Stars​ (Alternative/Prog/Doom
/ 20 de Jan) (SUE)
Por Sander Firmo

Um dos xodós do VNE, o Katatonia retorna com o seu 12º álbum de estúdio que vem dividindo opiniões. Se por um lado temos pessoas que estão amando, por outro temos aqueles que se mostram decepcionados. Creio que esses sentimentos diversos se devam a postura um pouco mais direta e simples que este trabalha aborda. Ainda podemos ver os elementos progs, as melodias melancólicas e a vibe doom em alguns momentos, mas também vemos com mais frequência a utilização de ideias simples, que às vezes funciona, às vezes não. Eu me coloco mais perto do time dos que gostaram, tenho a impressão que este é daqueles álbuns que cresce com o tempo, porém ainda acho que foi bem menos impactante do que os anteriores. Mas não deixa de ser um ótimo trabalho!


OAK PANTHEON - The Absence (Folk/Post/Black
/ 20 de Jan) (EUA)
Por Lucas Gomes

Com um conceito já conhecido por fãs de Post-Metal e Folk Black Metal, o Oak Pantheon entrega um álbum com ótimos vocais, passagens onde todos os instrumentos brilham e solos muito bem executados, o projeto de apenas 41 minutos começa bem e termina incrível, em alguns momentos nos fazendo pensar como seria se o falecido Agalloch ainda estivesse entre nós.


RIVERSIDE - ID.Entity (Prog Rock
/ 20 de Jan) (POL)
Por Paulo Rodrigues

Riverside foi um dos nomes mais queridos por fãs de Prog Rock durante a década de 2010. Por acontecimentos trágicos recentes, e um álbum que deixou um gostinho de quero mais, a impressão que ficou foi de que a banda não iria conseguir mais entregar tanta qualidade. E aqui somos apresentados a resposta contrária. É possível ver que eles abraçam um pouco da modernidade, mas sem deixar perder o som das suas influências, e o resultado é maravilhoso. Um retorno muito bom a forma.


TRIBUNAL - The Weight Of Rememberance (Gothic/Doom
/ 20 de Jan) (
CAN)
Por João Peralta

No dia 20 de janeiro, a banda criada por Alexandre de Moraes (kkkk) Tribunal, lançou o álbum The Weight Of Remembrance. A estreia do duo britânico apresenta um Gothic Doom que soa elegante e preciso. O destaque, obviamente, fica para a inserção de cellos e vocais limpos femininos em contraponto aos vocais gritados e a ambientação sombria inerentes às representações mais pesadas do gênero.


TWILIGHT FORCE - At The Heart Of Wintervale (Symphonic/Power
/ 20 de Jan) (SUE)
Por Lucas Gomes

A primeira música é uma delícia pra quem ama Power Metal melódico e o álbum mantém um nível alto durante toda a tracklist. O vocal é o básico pro gênero, nada jamais visto antes mas não deixa a desejar. Todos os instrumentos estão bem e a produção é boa o suficiente pra não atrapalhar. Twiight Force é das melhores músicas de Power Metal dos últimos anos, a épica Highlands of the Elder Dragon tem 10 minutos muito bem utilizados e a Sunlight Knight, uma delícia de faixa que faz o feijão com arroz muito bem feito. A última música é o ponto fraco, personagens declamando durante uma faixa enorme já não é o estilo de Power Meta que me agrada.


...AND OCEANS - As In Gardens, So In Tombs
(Symphonic Black
/ 27 de Jan)
(FIN)
Por João Peralta

No dia 27 de janeiro, AND OCEANS… surgiu com o álbum As In Gardens, So In Tombs. Nesse disco, os finlandeses apostam em um Symphonic Black que vai para o lado épico e grandioso da sua sonoridade. Embora utilize momentos mais soturnos moderadamente, o disco se apoia nas suas passagens mais apocalípticas.


ASHEN HORDE - Antimony (Prog/Black
/ 27 de Jan) (EUA)
Por Caterine Souza

Com uma quebradeira bonita de se ver, Ashen Horde retorna após 4 anos com seu quarto trabalho, 'Antimony'. Os estadunidenses de Hollywood compartilham membros com o Abhoria que lançou seu primeiro álbum no início do ano passado. A proposta em 'Antimony' é bem ambiciosa e polida, tanto em som quanto em letra pois versa sobre o envenenamento de Charles Bravo, um caso policial que até hoje não foi resolvido. Essa temática lírica justapõe-se com o som, principalmente com as guitarras sombrias junto de vocais guturais mais abertos, quase inteligíveis e muito macabros na maioria das faixas. Ainda que a quebradeira reine em 'Antimony', há momentos deliciosamente melódicos que incrementam muito a atmosfera do álbum.

BIZARREKULT - Den Tapte Krigen (Post/Black
/ 27 de Jan) (RUS)
Por Sander Firmo

Aqui estamos falando do que há de melhor no post black! Uma das melhores surpresas de 2023, o Bizarrekult apresenta uma simbiose perfeita entre o Black Metal e o Post-Metal, e uso esse termo porque o que a banda faz não é só unir elementos, estes realmente soam como se nunca tivessem andados separadamente. Um show de riffs, com passagens melódicas, introspectivas e agressivas, tudo no ponto certo. A bateria conduz absurdamente bem em todas as passagens e os vocais são um show à parte, com ótimos vocais guturais e lindo vocais limpos que acertam em cheio nos momentos reflexivos do álbum. Mal começou o ano e temos um forte candidato para melhores de 2023!


FIRIENHOLT - White Frost and Elder Blood (Atmospheric Black Metal
/ 27 de Jan) (ING)
Por Well Ferreira

O subgênero Epic Atmospheric Black Metal tem tido bastante destaque com o surgimento de bandas novas nos últimos anos, e o Firienholt compõe essa nova geração incluindo também elementos do Dungeon Synth na sua sonoridade. Com claras inspirações em bandas como Summoning, Caladan Brood e Emyn Muil; esse álbum encaixaria muito bem como trilha sonora de uma sessão de RPG D&D. As músicas carregam o ouvinte para o mundo de fantasia e os sintetizadores auxiliam na construção de uma atmosfera grandiosa, a guitarra é bem melódica, a bateria é bem cadenciada e o baixo mantém o básico. A banda faz a utilização de um coral que às vezes não funciona tão bem se torna repetitivo, mas em contrapartida o gutural do vocalista traz o peso musical e dramático necessário para as músicas. A capa é muito linda e transmite muito bem o conceito desse álbum.

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LANÇAMENTOS DE FEVEREIRO



CONSPIRACY OF ZERO - Ahthos Arouris (Prog/Death
/ 03 de Fev) (GRE)
Por João Peralta

Nunca julgue um livro pela capa…e muito menos um álbum. A capa EXTREMAMENTE QUESTIONÁEL não faz jus ao ótimo Athos Arouris da banda grega Conspiracy Of Zero. Lançado em 03 de fevereiro, o disco apresenta uma jornada que inicia no Death Metal e fica cada vez mais melódica, progressiva e contemplativa. É necessário, também, destacar as marcantes linhas de baixo do álbum.


RUSSKAJA - Turbo Polka Party (Ska Punk/Folk Metal
/ 03 de Fev)
(AUT)
Por Sander Firmo

Esse álbum tem uma história curiosa: é o último álbum da banda e foi lançado no mesmo dia que a banda anunciou o encerramento de suas atividades. O Russkaja é uma banda austríaca que utiliza na sonoridade e na estética influências russas, e devido aos conflitos da guerra da Ucrânia, eles não se sentiam mais à vontade de se utilizar desses elementos e resolveram acabar com a banda, mas deixar um último presente aos fãs. E falando do álbum, aqui temos a mescla entre ska punk e folk metal que a banda costuma fazer (porém com mais peso do que eu lembro de ter visto nos álbuns anteriores), trazendo a utilização de instrumentos como saxofones, trompetes e violinos, guitarra típica do ska e um vocal extremamente característico e letras hippies paz e amor. É um álbum muito divertido, não tem outra forma de categorizar, e indico ouvir pelo menos uma vez pra ver se a vibe bate com a sua. E se a banda realmente não voltar mais à ativa, vai ser uma bela forma de encerrar sua jornada.


XANDRIA - The Wonders Still Awaiting (Symphonic Metal
/ 03 de Fev) (ALE)
Por Well Ferreira

Sem lançar álbum desde 2017, Xandria retorna com seu 8° álbum de estúdio, contando com uma nova formação e tendo como principal destaque a nova vocalista Ambre Vourvahis. Musicalmente os arranjos estão legais, nada muito inovador, a guitarra principal é bem dinâmica e a de apoio não acrescenta em nada nas músicas. A vocalista tem uma voz puxada para o pop em alguns momentos tenta puxar para um lírico que não funciona muito bem como na música "Mirror Of Time". Xandria não é lembrada como destaque no Symphonic Metal, tá mais para o lado b do subgênero e também é conhecida como a banda que usa elementos ou faz um som que lembra outras bandas do meio "sinfônico", ou seja, não tem identidade musical e esse 'problema' persiste nesse álbum, o som é praticamente um 'Epica' diluído misturado com Nightwish. Os elementos sinfônicos e os corais no início funcionam muito bem, mas no meio do álbum após a terceira faixa é bem genérico e repetitivo. As faixas de maiores destaque do álbum foi a de abertura "Two Words" que é uma musica impressionante, muito bem executada pela banda, a faixa "The Maiden and the Child" que em alguns momentos flerta com o Black Metal e lembra o Dimmu Borgir, é uma boa faixa. O lançamento não traz nada de inovador para o Symphonic Metal mas ao mesmo tempo não é ruim, quem curte esse tipo de som vai gostar bastante.


FROZEN DAWN - The Decline Of Enlightened Gods (Black Metal
/ 10 de Fev) (ESP)
Por João Peralta

E como representantes do metal espanhol, temos a banda Frozen Dawn com o álbum The Decline Of The Enlightened Gods. O disco, lançado em 10 de fevereiro é uma boa pedida para quem curte um Black Metal melódico com velocidade. O destaque do disco fica para o excelente trabalho de guitarras.



IN FLAMES - Foregone (Melodic Death
/ 10 de Fev) (SUE)
Por Caterine Souza

Uma das bandas pioneiras do death metal melódico da Suécia, In Flames retorna após quatro anos com seu décimo quarto álbum de estúdio. Depois do lançamento de "Days of the Lost", do supergrupo do metal melódico sueco The Halo Effect, pode ser que o fã esperasse que o próximo lançamento do In Flames fosse finalmente voltar aos primórdios, mas continua se tratando de propostas diferentes. 'Foregone' é um álbum que demonstra claramente In Flames seguindo pelos mesmos rumos que os distanciam do metal da morte melódico. Isto fica muito perceptível pelos vocais que na maioria do tempo ainda apresentam o punch característico desta vertente do metal extremo, ao mesmo tempo em que contam com passagens totalmente clean, o que os cola no metalcore moderno. 
Assim, 'Foregone' se mostra uma retomada tímida e interessante, porém importante depois dos massacrados 'Battles' e 'I, The Mask' porque ao subir levemente a régua, pode clicar muito para fãs mais novos em In Flames e em metal em geral e também deixar indiferentes fãs antigos..


KLONE - Meanwhile (Alternative/Prog
/ 10 de Fev) (FRA)
Por Lucas Gomes

Na nova onda de prog metal, o Klone entra na disputa com a marca registrada da década passada: Yann Ligner é o vocalista potente que tem a força pra carregar um álbum inteiro nas costas como várias outras bandas do gênero. Em 'Meanwhile', a banda entrega um projeto que começa muito bem mas cai em uma mesmice que se desvai somente ao final do álbum mas o carisma de Yann mantém o nível do álbum acima da média.

VVILDERNESS - Path (Atmospheric/Black Metal
/ 10 de Fev)
(HUN)
Por Caterine Souza

Vvilderness, one-man band de folk e black metal atmosférico com apenas 6 anos de estrada e lá de Szombathely, Hungria, lança seu quarto trabalho em 2023: 'Path'. Talvez um dos metais mais introspectivos que você poderá encontrar em fevereiro, 'Path' tem sua grandiosidade versando sobre as navegações em busca de terra pelos vikings no Atlântico Norte. Um álbum ao qual rapidamente você é inserido em sua atmosfera, já que conta com seis faixas curtas em menos de 40min de uma cadência interessante e quase única que se preenche com vocais que parecem dançar pela música, além de misturados ao folk metal mais tradicional.


THE ABBEY - Word Of Sin (Doom Metal
/ 17 de Fev) (FIN)
Por Well Ferreira

Word Of Sin é o álbum de estreia da banda finlandesa The Abbey. E desde da primeira faixa já dá pra perceber que a banda vai apresentar um material de qualidade, as faixas estão bem distribuídas, as letras focadas no ocultismo e uma capa linda que só de bater o olho já dá vontade de escutar. No instrumental a banda agrada bastante com destaque para a guitarra e o teclado que toma a frente em alguns momentos e ajuda na ambientação misteriosa que a banda busca trazer para o ouvinte. O vocalista masculino tem uma voz que lembra muito do Tobias Forge, mas as semelhanças não param por aí porque o instrumental lembra muito os primeiros álbuns do Ghost. A vocalista feminina, a Natalie Koskinen que também faz parte da banda Shape Of Despair, tem uma voz encantadora e ela tá muito bem nesse álbum. Doom Metal Progressivo de qualidade e com certeza um dos melhores lançamentos desse ano.


AVATAR - Dance Devil Dance (Alternative/Metalcore
/ 17 de Fev) (SUE)
Por João Peralta

Mais uma vez somos convidados ao circo macabro do Avatar, com o álbum Dance Devil Dance. Ao longo da carreira, a banda já viajou por tantos gêneros que é difícil definí-la com um único rótulo. Metalcore, Industrial Metal, Melódico Death Metal, New Metal representaram algumas fases da banda. A novidade de Dance Devil Dance é a inserção de elementos de Hard Rock à mistura da banda.


HELLRIPPER -
Warlocks Grim & Withered Hags (Speed/Black / 17 de Fev) (ING)
Por Paulo Rodrigues

Hellripper é uma one man band. Ter noção disso com o tamanho da riqueza encontrada nesse álbum é de deixar qualquer um impressionado. Logo de cara somos apresentados a um choque total com um Speed/Black Metal que fazia um bom tempo que eu não via. Não sei se algumas dessas bandas estão bebendo da fonte que o Bathory deixou (alô Daeva), mas o Quorthon com certeza estaria orgulhoso de ver esse som que lembra o já citado Bathory, Venom e até o Sodom do começo ganhar essa repaginada moderna, matando alguma saudade.


PIGS
PIGS PIGS PIGS PIGS PIGS PIGS - Land Of Sleeper (Doom/Stoner / 17 de Fev) (ING)
Por Paulo Rodrigues

Aqui eu fui apresentado a um conceito novo na minha vida, onde nem toda decepção significa decepção automaticamente. Pela leitura prévia que eu fiz da banda, eu já estava no aguardo de um novo Electric Wizard ou Elder ou Kyuss. No entanto, me foi apresentado um Stoner Rock simples. Um CD curto, sem muita firula, bastante direto ao ponto, muito dos bem feitos, usando muito bem do que consagra o gênero para entregar algo simples, mas com uma qualidade que é rara de se encontrar em atos que não brilham tanto aos olhos no gênero. Talvez seja por isso da expectativa. Eu sei que estarei aqui aguardando o próximo álbum para confirmar se essa expectativa toda era justificada ou se queriam entregar um selo pra algo que nunca existiu realmente.


WINDS OF TRAGEDY - Hating Life (Melodic Doom/Black
/ 17 de Fev) (CHL)
Por Lucas Gomes

Mesmo sendo um projeto de apenas 35 minutos, 'Hating Life' exibe as emoções, as fraquezas e a força de Sérgio González Catalán como um nervo exposto. Os vocais são incríveis e continuam como uma das forças de seus projetos, mas aqui o maior pecado do chileno é a repetição e a falta de criatividade para riffs e passagens instrumentais, onde até a metade do álbum, parecem ser idênticas e deixam o álbum cansativo.


ULTHAR -
Anthronomicon/Helionomicon (Black/Death / 17 de Fev) (EUA)
Por Paulo Rodrigues

Ulthar é uma banda bem nova no underground que vem ganhando muitos fãs com a qualidade do seu trabalho. Eles haviam demonstrado diversas facetas no seu Death metal, que agrada tanto os mais purista, quanto os que estejam atrás de mais experimentações. Se observa uma qualidade que poucas bandas novas possui, com cada membro justificando o crescimento da banda, e, com seus dois lançamentos anteriores, o céu é o limite pra esses caras. Explorando essas faces do seu som, o Ulthar lançou 2 álbuns no mesmo dia. Anthronomicon é um álbum mais preso no tradicionalismo, oferecendo um som mais próximo de bandas como Morbid Angel, além oferecer pitadas de Black Metal ali e aqui que pintam um cenário maravilhoso pra qualquer fã do gênero. Já o Helionomicon traz apenas 2 faixas distribuídas em 40 minutos. Um montante de Prog, Death, Black misturados a passagens que vão trazer saudade de um Blood Incantation. O exemplar talvez deixe quem vá observar apenas tracklist em choque, mas as músicas justificam suas durações e cada segundo é aproveitado. Os dois álbuns podem facilmente cair na categoria PUTA ÁLBUM pra qualquer fã de Death Metal, um prato cheio quem está disposto a ouvir (e conhecer) diversas faces do universo do metal extremo.


LOVEBITES - Judgement Day (Speed/Power
/ 23 de Fev) (JAP)
Por Lucas Gomes

Dentre as vertentes do Power Metal, o Lovebites segue sendo direto e rápido, sem muitas firulas. "Judgement Day" é um álbum que não dá descanso ao seu ouvinte, é pedrada após pedrada e para quem não gosta do gênero pode ficar cansativo, mas para os entusiastas é um projeto repleto de ótimos riffs, uma bateria incansável e refrães que vão ficar ainda melhores ao vivo.


HEIDEVOLK - Wederkeer (Folk Metal
/ 24 de Fev) (HOL)
Por Caterine Souza

Abrindo os trabalhos sobre esse álbum com informações de capa, essa artwork feita por Awik Balaian, lembra muito o mito descrito no filme Northman. Com relação ao som, Heidevolk pra mim é uma banda de folk metal meio à parte de outras bandas de folk metal. Digo isso porque eles sempre trazem bastante o folk com aqueles vozes múltiplas, corais etc, mas o instrumental é completamente heavy e speed metal. Com novos guitarrista e bateristas desde 2020, 'Wederkeer é o sétimo álbum do Heidevolk: um álbum que não foge ao folk metal primordial, trazendo bastante melodia e bateria rápida, ideal para estar no seu drakkar pessoal dando um passeio pelos mares da Escandinávia.


INSOMNIUM - Anno 1696 (Melodic Death
/ 24 de Fev) (FIN)
Por Sander Firmo

Quatro anos depois o Insomnium retorna com mais um álbum de uma sequência de pelo menos seis lançamentos acima da média para o subgênero (sendo que dá pra falar isso da discografia inteira sem exageros). E seguindo essa sequência temos mais um grande trabalho. Como uma banda expoente do Sad Melodeath, aqui temos ainda mais peso, principalmente com uma maior utilização de blast beats; ainda mais melodias, daquele jeito que você ouve e reconhece que é Insomnium; e ainda mais melancolia, que carrega o álbum com uma atmosfera incrível. Uma combinação perfeita coroada pela ótima performance de todos os músicos e vocalista, com destaque dos vocais do Jani Liimatainen que estão cada vez mais dando as caras. Além da participação especial dos convidados Sakis Tolis (Rotting Christ) e Johanna Kurkela (Auri) que performam em músicas excelentes. Qualquer fã da banda vai sair satisfeito e também deve agradar aqueles que se aventuram pela primeira vez na sonoridade da banda.


KAUAN - ATM Revisted (Doom/Post
/ 24 de Fev) (EST)
Por Sander Firmo

Vamos falar de Kauan, a banda que leva o nome do meu sobrinho. Tenho duas dificuldades ao escrever esse texto. A primeira é a de saber se esse álbum deveria estar aqui já que se trata de uma regravação do álbum “Aava tuulen maa” de 2009, portanto não é exatamente um trabalho novo. A outra e principal dificuldade é saber como descrever essa sonoridade, porque é tudo muito simples mas é extremamente belo. É daqueles álbuns de se emocionar ouvindo e não entender o porquê. Porém apenas para quem não conhece a banda ter alguma ideia do que se trata, a banda é descrita como Post Rock e Doom Metal, que 70% do tempo é instrumental e apresenta melodias belíssimas em uma sonoridade que pede que se escute sem tentar entender, apenas sentir. Não vou conseguir descrever mas além disso, só digo para que se possível dêem uma chance a esta experiência musical que é este álbum.

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Lembrando que os álbuns nessa postagem serão debatidos durante o episódio de lançamentos do 1 trimestre de 2023! Tragam suas opiniões pra nós também, o que acharam, se deixamos passar algo e, por hora é isto!

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