Vinil da Semana: 'The Forth Dimension' - Hypocrisy | Review


No #VinildaSemana, a Cate apresenta pra gente um álbum que representa o ínicio do famigerado Metal de ET: o "The Forth Dimension" do Hypocrisy!

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A escolha do álbum se deu porque o 'The Forth Dimension', assim como eu, está trintando neste 2024. Para além deste marco, esse é o primeiro álbum do Hypocrisy no qual o até então vocalista, Masse Broberg, com sua voz quase inumana em 'Penetralia' e 'Osculum Obscenum', deixa a banda, trazendo para Peter Tägtgren, que já tinha sob sua responsabilidade as guitarras, assumir também os vocais. 

É aqui, com o 'The Forth Dimension', que começa a tomar forma o Metal de ET™️ pelo qual o Hypocrisy fica famoso anos mais tarde. É com o 'The Forth Dimension' que os evil satanic riffs mais grudentos dos primeiros álbuns dão lugar às guitarras mais técnicas, que constroem tanto os trechos mais melódicas com vocais etéreos, quanto sustentam a rapidez da bateria nas faixas mais frenéticas. É interessante observar que embora esse álbum seja o primeiro pra valer com muito do Peter presente nele, os vocais, mesmo ainda em aprimoramento, ora são fechados, ora são rasgados, ou seja, os primórdios pelos quais ele ficaria conhecido dali pra frente. 

O álbum abre espaço para a inventividade se comparado aos anteriores, tornando-o diversificado, porém sem perder a coesão. Ele se apresenta mais cadenciado que seus predecessores em "Apocalypse", "Black Forest" e "Slaughtered", uma das minhas preferidas de todos os trabalhos da banda. Também é muito mais melódico como nos solos das faixas "Never to Return" e "Path of Babylon". Além disso, quase encosta no speed/thrash em faixas como "Orgy in Blood" e "T.E.M.P.T", que tem um rápido solinho de baixo - um instrumento bastante apagado nesse álbum. 

'The Forth Dimension' fecha com a faixa-título e "The Arrival of the Demons". A penúltima, uma música total melódica, quase uma balada sombria, não fosse os vocais guturais; e a última, curta, mantém a aura ao começar e terminar com um violão dedilhado junto a sussurros e vozes espectrais. 

Por fim, vale falar um pouco dessa capa, que feia e horrorosa como é, algo que Hypocrisy quase sempre preza em seus trabalhos, foi feita por Mikael Hedlund, o próprio baixista da banda.

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