Já estamos no segundo trimestre de 2022 e pra te ajudar a ficar por dentro do que tá rolando de novo no mundo pesado, trazemos aqui os principais destaques lançados do mês de Abril. Vamos lá!
BHLEG - Fäghring (Folk/Atmospheric Black / 01 de Abr)
Com sonoridade atmosférica e obscura o Bhleg lançou Fäghring, seu 4º álbum de estúdio. Com apenas 7 faixas ao longo dos seus 54 minutos de duração, o disco transita entre o Atmospheric Black Metal e o Folk, tendo a natureza como seu principal tema lirico. A guitarra varia muito bem entre momentos mais nervosos para momentos mais arrastados, nota-se em algumas músicas a presença marcante do baixo e também da bateria versátil que a banda desempenha de maneira formidável. Os vocais aqui alternam entre o gutural e o limpo, e em ambas são muito bem executadas.
MESHUGGAH - Immutable (Prog/Djent / 01 de Abr)
Nesse momento, o que há de ser dito do Meshuggah? Os caras basicamente criaram uma vertente musical, e se mantém como mestres nesse viés. Immutable traz a banda em melhores momentos do que em seu álbum anterior, mas o som dos caras, dentro de um movimento bastante criticado continua completamente singular.
NEKROGOBLIKON - The Fundamental Slimes And Humours (Extreme Power/Melodeath / 01 de Abr)
Nekrogoblikon é uma banda peculiar em temáticas líricas e não o seria se trouxesse um álbum com qualquer outra proposta para seu quinto, 'The Fundamental Slimes And Humours'. Os seis estadunidenses dão continuidade ao seu extreme power metal misturado ao death melódico com cada faixa praticamente única seja na construção instrumental bastante quebrada em tempos, trocas entre vocais e variação de peso das guitarras, ou mesmo nas letras bem humoradas, cheias de sátiras, goblins e alguns clichês do metal.
DESTRUCTION - Diabolical (Thrash Metal / 08 de Abr)
Os alemães do Destruction lançaram seu álbum de número 15, entregando um som de volta as origens, comparado a seus últimos trabalhos. Mantém o tradicionalismo, fazendo evocar álbuns como Release From Agony. Os trabalhos de guitarra oferecem toda a força que o thrash alemão tem de característica, além do singular vocal de Schmier estar em bela forma. Um lançamento sólido que irá agradar os fãs do gênero.
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WEEDEVIL - The Return (Stoner Doom / 08 de Abr)
O quinteto paulista Weedevil entrega no seu álbum debut uma sonoridade densa, sombria e cativante. Os vocais hipnóticos da talentosa Lo Scar, com certeza é um dos pontos altos dessa produção. Destaque também para os perfeitos riffs de guitarra, o baixo e a bateria que conseguem manter um ritmo muito bom durante todo o álbum. São 5 faixas muito boas que vale a pena dar uma conferida.
ABSTRACTED - Atma Conflux (Prog Death/TechThrash / 15 de Abr)
Em seu primeiro álbum, a banda brasileira Abstracted se aventura em terrenos não muito explorados em nosso solo. Fazem um prog death que traz elementos modernos, melódicos, agressivos e com músicas que exploram faces distintas desses gêneros, sendo bem criativos. Deve agradar que gosta do som de bandas como Persefone ou Black Crown Initiate, mas o som da banda vai bem além das citadas, vocês terão que ouvir pra tirar suas conclusões! Ps: ponto extra pra eles pela utilização de baixo fretless!
DREARINESS - Before We Vanish (Post-Black / 15 de Abr)
Blackgaze cantado em italiano com uma vocalista incrível. O vocal gritado pode espantar de primeira quem não está muito acostumado com o seu uso mais agressivo, mas a insistência é recompensadora. Before We Vanish é um álbum incrível, com várias nuances e um balanço maravilhoso entre peso e calmaria. Com 6 faixas e 55 minutos de duração, é uma tracklist que só não cansa por acertar na variação de ritmo e peso.
INCANDESCENCE - Le Coeur De L’Homme (Prog Black / 15 de Abr)
Formada há pouco mais de 10 anos, lançando álbuns numa constância de triênios, a banda canadense de prog black metal traz 'Le Coeur De L’Homme', seu quarto trabalho de estúdio. Incandescence é uma daquelas bandas das quais poucos ouviram falar, mas que seus membros fazem parte de bandas em ascensão na cena canadense, como Beyond Creation e First Fragment. Só com a menção do tech death das bandas acima, já dá pra ter uma ideia do peso que foi colocado nas baterias e guitarras, né? Pois bem, isso junto do fato das letras serem em um inteligível francês. Vale ressaltar essa arte de capa que é inconfundivelmente de Adam Burke, que em 2022 já ilustrou para Abhoria e a aclamada Hath.
MÅNEGARM - Ynglingaättens Öde (Folk Black / 15 de Abr)
A banda de folk black metal sueco Månegarm retorna para mais um passeio por antigas sagas e mitos de tempos esquecidos. O 10° álbum de estúdio da banda se baseia no poema nórdico Ynglingatal, que descreve o destino de uma antiga dinastia nórdica, a casa de Ynglinga. Ynglingaättens Öde traz o equilíbrio entre o som pesado, veloz e melódico que consagrou a carreira do grupo sueco. Neste álbum a banda mantém a qualidade musical presente em seus últimos trabalhos, apresentando assim mais uma obra concisa e direto ao ponto. O trabalho conta a participação especial dos vocalistas Jonne Järvelä (Korpiklaani) e Robert Dahn (Equilibrium / Minas Morgul).
MONUMENTS - In Stasis (Prog/Djent / 15 de Abr)
Indo pra um lado mais melódico do já citado Djent, o Monuments entrega seu primeiro álbum em 4 anos. Uma longa demonstração de técnica, o álbum também soa enérgico, além de trazer diversos momentos atmosféricos, pra quem curtir além do instrumental tradicional. Uma boa pedida pra fãs de bandas como Intervals, Periphery e SikTh.
SHAMAN - Rescue (Power Metal / 15 de Abr)
Primeiro álbum da banda após a passagem do mestre Andre Matos, o Shaman aparece com Alírio Neto, figurinha carimbada na cena melódica nacional, como substituto nos vocais e com uma sonoridade que tenta dar continuidade à fase Ritual/Reason. O vocal do Alírio casa muito bem e soa bem respeitoso com a história da banda, e as músicas trazem um sentimento de nostalgia e modernidade que deve agradar os fãs da fase clássica da banda.
THE TROOPS OF DOOM - Antichrist Reborn (Death/Thrash / 15 de Abr)
Originado do nome de uma das músicas do álbum de estreia do Sepultura, Morbid Visions, e tendo como fundador Jairo Guedz que tocou nesse exato disco, Antichrist Reborn é o álbum de estreia do Troops of Doom, que é porradaria do início ao fim dos seus 39 minutos. O álbum é cheio de características que podem fixar na sua cabeça, usando de uma mistura já comum entre Death e Thrash, mas fazendo um trabalho cativante e que ganhará qualquer fã dos gêneros citados.
FAUN - Pagan (Medieval Folk / 22 de Abr)
A banda de Medieval Folk apresenta mais um trabalho que mantem a consistência de sempre e apresenta um som que apesar de não ser dos mais pesados deve agradar os fãs do lado mais saltitante e alegre do metal. Pra quem curte essa sonoridade, é um trabalho que desce facilmente e deixa um sorriso no rosto durante a audição. E para os fãs de coisas mais pesadas, tem uma faixa em parceria com o Eluveitie que traz um som mais pesado com direito a guturais.
AL-NAMROOD - Worship The Degenerate (Black Metal / 29 de Abr)
A banda saudita Al-Namrood apresenta nesse álbum um som bem feroz típico do black metal combinado com elementos do folk árabe, uma mistura incrível. Com apenas 6 músicas e quase 26 minutos de duração, Worship The Degenerate encerra com aquele gostinho de quero mais, essa talvez seja a única crítica negativa quanto a esse álbum, a sua duração.
DEVIL MASTER - Ecstasies of Never Ending Night (Black/Hardcore Punk / 29 de Abr)
Devil Master talvez não seja o melhor dos nomes, por ser extremamente caricato, mas não deixe de ouvir por esse aspecto, pois você estaria perdendo uma excelente combinação de um Black metal que, ainda que melódico, tem uma produção lembrando alguns dos clássicos que o gênero já ofereceu, junto ao punk, que não deixa a agressividade da banda se perder.
DOWNFALL OF MANKIND - Vile Birth (Symphonic/Blackened Deathcore / 29 de Abr)
Álbum de estreia da banda portuguesa de Deathcore, o Downfall of Mankind traz um trabalho que une o que de melhor tem nas suas influências, bandas como Shadow of Intent e Lorna Shore, porém conseguindo trazer alguma identidade no som. Aqui temos orquestras de fundo pra ambientar o som, vocais pig squaels e influencias de black metal nos riffs de guitarra. Um excelente ponto de partida pra uma banda nova!
THE GATHERING - Beautiful Distortion (Experimental Rock / 29 de Abr)
Com mais de 30 anos de carreira, The Gathering apresenta um álbum que usa e abusa dos elementos experimentais para envolver o ouvinte numa atmosfera musical única. Um trabalho muito dinâmico e melódico, que viaja entre diversos gêneros como o rock experimental, rock progressivo, space rock, art rock e o dream pop. Um grande destaque para as belas linhas vocais de Silje Wergeland que brilha muito nesse álbum.
HELMS ALEE - Keep This Be The Way (Sludge/Noise / 29 de Abr)
Lendo os gêneros que casam nesse álbum, vocês já sabem quem indicou. Keep This Be The Way é o sexto álbum dos americanos Helms Alee, uma banda que casa extremamente bem os elementos de noise que com o som de bandas como Alice In Chains, Acid Bath, Black Sabbath e afins. Na banda, todos os membros cantam, trazendo uma versatilidade gigantesca, cada uma das vozes representando um novo instrumento. Um destaque que me fez feliz em ser tão curioso com essas misturas.
RAMMSTEIN - Zeit (Industrial Metal / 29 de Abr)
A icônica banda de metal industrial Rammstein retorna após o lançamento do álbum auto-intitulado de 2019. Zeit, que traduzido para o português seria "Tempo", já nasceu polêmico assim como a banda, pois criou-se a teoria entre os fãs de que a banda estaria se despedindo de seu público, teoria essa ainda não confirmada pela banda. A última música encerra o álbum de forma linda e emocionante, intitulada "Adieu", que em alemão significa "Adeus", deixa aquela pulga atrás da orelha dos fãs sobre o destino do grupo. Sendo ou não o último trabalho do Rammstein, Zeit, de certa forma faz uma bela homenagem a discografia dessa grandiosa banda.
THE SPIRIT - Of Clarity and Galactic Creatures (Blackened Death / 29 de Abr)
Na estrada há menos de 7 anos, 'Of Clarity and Galactic Creatures' é o terceiro álbum de The Spirit. Uma banda que conta com membros e ex-membros de bandas conhecidas pelo mais técnico ou prog do metal como Obscura e Alkaloid. Neste trabalho, os alemães invocam caos, mente humana e cosmologia - temas muito recorrentes no blackened death que é o nicho dessa banda - condensados em um som que às vezes encosta no Dissection e às vezes encosta no Dark Fortress. Destaque para a arte de capa feita por Eliran Kantor que só neste ano já ilustrou para Immolation e Kreator.
WATAIN - The Agony & Ecstasy of Watain (Black Metal / 29 de Abr)
Três anos após o último trabalho, 'Trident Wolf Eclipse', mais conhecido como o sopro de vida (ou de morte) do Watain após a guinada sonora com o 'The Wild Hunt', os suecos do Watain retornam. 'The Agony & Ecstasy of Watain' é um tanto quanto clichê, mas felizmente apenas no nome. Boa parte das faixas se apresentam costumeiramente frenéticas, ainda que não se tornem um bloco indefinido de faixas, devido a presença quase necessária de algumas faixas mais cadenciada como a envolvente 'Serimosa'.
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Por hora é isto! Comentem aí o que vocês acharam desses álbuns, qual seu destaque até o momento e se deixamos passar algum álbum batido!
Confiram também os principais lançamentos dos meses de Janeiro, Fevereiro e Março!
Confiram também os principais lançamentos dos meses de Janeiro, Fevereiro e Março!
E, claro, todos esses álbuns serão comentados no episódio do podcast sobre os lançamentos do 2º Trimestre de 2022, fiquem ligados!
Rapaz, eu gostei desse álbum do Dreariness muito mais do que esperava.
ResponderExcluirObg pela lista, tem muita coisa que deixei passar.
ResponderExcluirDe longe o que mais curti foi "Ecstasies of Never Ending Night".
Como sei que tem muito amante de sinfônico na equipe de vocês, recomendo mto o "evolution" da banda Unlucky Morpheus, a violinista traz uma genuinidade maior para a sonoridade da banda.