Lançamentos no Metal em Junho de 2022 | Estante de Lançamentos


Chegou a hora de te ajudar a ficar por dentro do que tá rolando de novo no mundo pesado, e pra isso trazemos pra vocês os principais destaques lançados no mês de Junho! Vamos lá ver o que saiu nesse fim de primeiro semestre!

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ARTIFICIAL BRAIN - Artificial Brain (Tech Death
 / 03 de Junho) (EUA)
Technical death metal que conta com membros de Abbath e Imperial Triumphant é certamente uma banda para se prestar atenção. Os estadunidenses do Artificial Brain trazem em seu álbum auto-titulado um tech death dissonante na medida certa, e que ainda demonstra que a sonoridade deles pode trazer elementos novos num futuro próximo.


ASTRONOID - Radiant Bloom (Post-Metal, Shoegaze
 / 03 de Junho) (EUA)

Shoegazezinho mais bem produzido do que o típico para o gênero e com um vocal muito mais soft. Fãs de blackgaze mais "black" do que "gaze" não vão se sentir contemplados pelo álbum mas, este que vos escreve, achou o álbum extremamente acessível e, em vários momentos, contemplativo. 


BLEED FROM WITHIN - Shrine (Melodic Deathcore
 / 03 de Junho) (ING)

Mais uma banda com lançamentos sólidos dessa cena renovada do Deathcore, o Bleed From Within traz pro som do gênero uma influencia interessante que bandas de Metalcore modernas tem do Djent, além de clara inspiração em Slipknot e melodias modernas beirando o pop. Podemos dizer que a banda traz pro Deathcore o que o Spiritbox trouxe pro metalcore! 


GRAVE INFESTATION - Persecution Of The Living (Death Metal
 / 03 de Junho(CAN)
Pros fãs de um Death metal mais puro, entrando na linha de bandas como Entombed e Obituary, o Grave Infestation vai te servir bem. A banda apresenta um som bem cadenciado, além de um senso de reconhecimento pros momentos mais melódicos e momentos mais técnicos. Os canadenses estão ativos desde 2018, esse é seu álbum de estreia, e dá pra ver o potencial de crescimento aqui. Destaque para a sequência entre Plague of Crypts e Eternal Oblivion.


GWAR - The New Dark Ages (Varios
 / 03 de Junho(EUA)

Com quase 40 anos de carreira a monstruosa banda Gwar, retorna com seu décimo quinto álbum de estúdio, The New Dark Ages, que narra as histórias apresentadas no graphic novel Gwar: In The Duoverse Of Absurdity. A banda nesse novo trabalho apresenta o Heavy Metal e Thrash Metal clássico já conhecido ao longo da carreira da banda. Todas as quinze faixas estão muito bem estruturadas ao longo do álbum, fazendo juz ao título de "álbum conceitual" tanto liricamente quanto musicalmente. Com músicas cheias de reviravoltas e apresentando um som com uma vibe bastante cativante, enérgica e divertida. Apesar de apresentar um disco sólido, as três últimas faixas deixam a desejar se comparado ao restante do álbum, mas vale a pena dar uma conferida.


KREATOR - Hate über alles (Thrash Metal
 / 03 de Junho) (ALE)

Hate Uber Alles é o álbum de número 15 pros thrashers alemães e vem depois de uma espera de 5 anos. O álbum trata de temas já comuns pros fãs da banda, como política, evolução como sociedade, aquecimento global, além de momentos onde existe uma reflexão sobre ascenção de movimentos racistas na Alemanha, em outro momento, ouvimos Mille refletir em relação ao início da banda. Recentemente, tivemos Mille Petrozza não é fã de bandas que lançam álbuns novos apenas para fazer tour, que esses álbuns devem ser arte e e refletir suas emoções de quando você o escreveu. Se esse é o sentimento do homem em relação a uma banda tão cultuada como o Kreator, você pode ter certeza que a banda entrega um trabalho de qualidade aqui. 


ORIGIN - Chaosmos (Tech Death
 / 03 de Junho) (EUA)

O Technical Death Metal engloba diversos aspectos. OBVIAMENTE as bandas irão carregar o aspecto técnico, mas em qual ponto? Necrophagist fazia um desfile de habilidades ser uma coisa aproximavel, com muito uso de melodias mesmo no meio de todo aquele peso. Bandas como Obscura e Beyond Creation pegarem esse aspecto melódico e técnico, e inseriram uma sonoridade até mais variada, mais complexa, com a inserção do elemento Prog. Bandas como Archspire usaram muito mais da complexidade e do peso, e decidiram acelerar e deixar ainda mais técnico. O Origin em seu último álbum, Chaosmos, usa mais da última fórmula. É um Tech Death sem tempo pra respirar, é uma porradaria sem pausa alguma do início ao fim que, no fim, irá fazer você se questionar "O QUE HOUVE AQUI?". Válido pra quem curte um som mais frenético desse já frenético subgênero. 


TEMPLE OF VOID - Summoning The Slayer (Death/Doom
 / 03 de Junho) (EUA)

'Summoning the Slayer' é um álbum pesado com vocais diretamente das profundezas do abismo e, quando a banda aposta em sua fórmula mais lenta de Death/Doom, ela acerta descaradamente. Com ótimos riffs e sem medo de compor faixas longas (e em alguns momentos até progressivas), o álbum passa muito rápido para amantes do gênero. 


DEATHWHITE - Grey Everlasting (Melodic Doom/Gothic
 / 10 de Junho) (EUA)

Com um instrumental que bate de frente com qualquer banda de melodic death/doom, porém com a escolha de focar nós vocais limpos faz do Deathwhite uma banda que, apesar de trazer uma sonoridade familair, tem uma faceta que soa fresca. E falando em focar em vocais, eles se garantem demais, as linhas são muito bem feitas, as melodias vocais muito bem encaixadas. E o instrumental que caminha por linhas melodicas e uma atmosfera melancólica e densa porém com seus momentos de catarse. Se você gosta de bandas como Draconian, Swallow the Sun ou November's Doom, essa é uma banda pra dar uma chance!


INANIMATE EXISTENCE - The Masquerade (Prog/Tech Death
 / 10 de Junho) (EUA) 

The Masquerade marca o álbum de número 6 pros Death metaleiros da Bay Area, Inanimate Existence. A banda, que conta com um ex-membro do Rings of Saturn, traz um Prog Death com muitas nuances, podendo até flertar com o Tech Death algumas vezes. É uma boa pedida pra quem pode estar com saudade dos trabalhos do Obscura e Beyond Creation, e não decepciona os fãs do gênero.


KARDASHEV - Liminal Rite (Atmospheric Death/Deathcore/Gaze
 / 10 de Junho) (EUA)

No dia 10 de junho, os americanos do Kardashev lançaram o multifacetado Liminal Rite. O disco que reúne elementos do Deathcore, do Atmospheric Black Metal e flertes com o Blackgaze impressiona pela sua fluidez e personalidade. Por mais inusitado que pareça, o “Blackcoregaze” (acabamos de inventar esse gênero, de nada!) do Kardashev funciona coerentemente e se destaca entre os lançamentos do mês. Se você gosta de breakdowns, berros variados, sonoridade moderninha, mas também aprecia momentos etéreos e de contemplação, “Liminal Rite” é uma boa pedida. 


MOTIONLESS IN WHITE - Scoring The End Of The World (Melodic Metalcore
 / 10 de Junho) (EUA)

Motionless in White é uma das bandas pioneiras da mistura ousada de hardcore punk e metal extremo que deu origem ao metalcore. Pra quem é fã, já se imagina que os vocais de Chris Motionless continuam potentes no screamo e cristalinos, quando limpos e que o instrumental segue sendo melódico. Para além do que é de praxe da banda, há o destaque de algumas  fusões com música eletrônica, como na interessante "Cyberhex".


SACRIMONIA - Anthems of Eclipse (Symphonic Black
 / 10 de Junho) (POL)

O famigerado Black Metal Castlevania! O Sacrimonia apresenta no seu álbum de estreia um trabalho de almanaque! Agressivo e bem produzido, traz o peso dos riffs de Black Metal com a atmosférica vampiresca na parte sinfonica que não deve em nada para grandes nomes do gênero. E para coroar tudo, uma performance vocal fantástica da vocalista Lasaira, com um gutural agressivo e muito bem encaixado. Quem curte bandas do lado sinfônico do BM não pode deixar essa banda passar batida!


SEVENTH WONDER - The Testament (Prog Metal
 / 10 de Junho) (SUE)

Sempre achei o Seventh Wonder uma banda de entrada para fãs de Power/Prog, mesmo sendo uma banda não tão conhecida. Em "The Testament" eles continuam soando como o Bon Jovi do Power/Prog, para o bem e para o mal. Em várias músicas é possível imaginar a banda tocando numa rádio de rock e tendo apelo popular mas os elementos progressivos tiram a banda da mesmice. A voz de Karevik continua incrível para quem ama e um pouco chorosa demais pra quem já conhece e não gosta tanto, eu gosto em músicas rápidas. Continuam consistentes com a sua sonoridade.


WIND ROSE - Warfront (Power Metal
 / 10 de Junho) (ITA)

Do mesmo buraco que saiu Sabaton e Powerwolf, outra banda de Power Metal com vocais diferentes dos gritos agudos e com um foco lírico se consagra. O foco lírico sendo anões forjando armas, lutando, bebendo e fazendo coisas de anões. Wind Rose acerta na breguice. Eles entendem que Power Metal é um gênero que se você aceitar o seu lado cringe, você será livre. Com ótimos refrães, ótimos riffs e uma boa orquestração, o álbum passa rápido e é divertido pra quem gosta ou já gostou das bandas supracitadas. O pecado fica na repetição, como as outras bandas também já sofreram. 


DIR EN GREY - Phalaris (Alternative Metal
 / 15 de Junho) (JAP)

Um dos nomes mais bem quistos da cena japonesa, o Dir En Grey retorna com um trabalho que traz uma pegada moderna ao mesmo tempo que mantem o padrão da banda de não ter muito padrão. Um album que baila pelo Prog e Nu Metal, com elementos de metal extremo e uma produção onde todos os instrumentos são bem ouvidos e os vocais das mais diversas formas dão um show a parte! Um trabalho que mantem o nível de uma banda que vem trazendo álbuns muito consistentes a muito tempo.


UMBRA CONSCIENTIA - Nigredine Mundi (Black Metal
 / 15 de Junho) (CRC)
Segundo trabalho de uma banda de 5 anos que vem da Costa Rica, 'Umbra Conscientia' tem como lírica os três pilares black metaleiros - ocultismo, satanismo e filosofia. No curto 'Nigredine Mundi' essas temáticas se apresentam embebidas num som onde os instrumentos são totalmente black metal, com blast beat e guitarra chiada, mas os vocais que os acompanham são vocais encorpados mais típicos do death metal. Enfim, black metal correto para fãs de metal que também gostam daquele pé no death ou até mesmo no thrash metal.


JORN - Over The Horizon Radar (Heavy Metal
 / 17 de Junho) (NOR)
Eu já cansei de dizer como o Jorn é um vocalista completo, que sabe fazer de tudo com a sua voz, mas não sabe compor. Durante os 58 minutos desse álbum, UMA música me deixou satisfeito. "Winds of Home" foi a única faixa que não só a interpretação vocal do Jorn a deixou grandiosa, mas como a letra não me deixou com vergonha alheia. De resto, é um álbum extremamente genérico assim como a discografia solo do Jorn. Torcendo para mais uma aparição dele no Avantasia ou no Ayreon.


WHITE WARD - False Light (Post-Black
 / 17 de Junho) (UCR)
Com seus 10 anos de carreira, os ucranianos do White Ward lançam seu terceiro álbum de estúdio, False Light. Nesse novo trabalho a banda explora a sonoridade mais melódica, mantém a excêntrica mistura de Blackgaze/Post-Black Metal com Dark Jazz que já foi explorado no álbum anterior e apresenta como novidade o Post-Punk. O uso do saxofone nesse álbum é incrível e os seus solos são um espetáculo à parte, os sintetizadores nos seus momentos foram muito bem encaixados e ajudam a criar a atmosfera perfeita e necessária para False Light. A banda explora muito bem o seu lado musical menos extremo mas ao mesmo tempo não esquece o Black Metal agressivo e violento, as guitarras estão mais pesadas do que no trabalho anterior e o baixo tem o seu destaque. White Ward é uma das bandas mais inovadoras e também uma das mais importantes da nova geração do Black Metal internacional, e esse álbum comprova tal afirmação, um dos melhores lançamentos de 2022.


SPIRITBOX - Rotoscope (Djent/Prog, Metalcore
 / 23 de Junho) (EUA)
DO NADA o Spiritbox anunciou o lançamento de um single. E, DE FORMA AINDA MAIS SURPREENDENTE, descobrimos que se tratava de um EP de 3 faixas. Assim, “Rotoscape” surgiu nas plataformas digitais no dia 23 de junho. “Rotoscape” retoma o Djent/Metalcore que o Spiritbox trouxe em Eternal Blue e ainda conta com novos elementos. Dessa vez, a banda vai ainda mais fundo nas influências Pop e entrega momentos dançantes e empolgantes.


FINAL LIGHT - Final Light (Post-Metal, Synthwave
 / 24 de Junho (FRA)
O Final Light é um projeto que une synthwave com os lados mais sombrios do Black metal, trazendo sua atmosfera densa que, unido aos sintetizadores trazidos por Perturbator, soam quase como um Black metal ambiente com elementos industriais. A mistura pode parecer inusitada, mas vai agradar tranquilamente qualquer fã dessa sonoridade.


PORCUPINE TREE - Closure / Continuation (Prog Metal/Rock 
 / 24 de Junho (ING)
Depois de um hiato de 12 anos, a banda inglesa Porcupine Tree retorna com o novo álbum ‘Closure/Continuation’. Tendo como compositor principal o vocalista e multi-instrumentista Steven Wilson, o baterista Gavin Harrison e o tecladista Richard Barbieri, o álbum foi cercado de expectativas entre os fãs de rock/metal progressivo. Para quem gosta dos trabalhos anteriores da banda, como ‘In Absentia’ (2002), ‘Deadwing ‘(2005) e ‘Fear of a Blank Planet’(2007), esse álbum consagra o som pelo qual a banda ficou reconhecida, um revival do que o grupo já fez no passado. Apesar de ser um álbum mais colaborativo entre todos os membros, nas composições, nota-se algumas pitadas da carreira solo de Wilson entre as músicas. O álbum fica na zona de conforto (no bom sentido) e não decepciona quem estava com saudades do clássico Porcupine Tree.


SAOR - Origins (Folk/At
mospheric Black / 24 de Junho (ING) 

Após três anos a one man band Saor retorna com o seu mais novo lançamento, Origins. O primeiro ponto de destaque com certeza é a capa do álbum que é muito bonita. Outro ponto é a qualidade musical, Andy Marshall é um músico detalhista, nesse trabalho ele faz questão de demonstrar que o seu projeto amadureceu, abraça o Folk Metal mas não deixa cair na mesmice das bandas do gênero. O Atmospheric Black Metal ainda se faz bastante presente e dá o equilíbrio necessário ao álbum. Origins, não deixa a desejar no quesito riffs de guitarra de qualidade e uso de instrumentos folclóricos. Outro ponto a se destacar são os vocais tanto guturais e/ou limpos que estão muito bons nesse lançamento. É um disco com apenas seis músicas e um pouco mais de quarenta minutos de duração, mas que começa e termina de maneira satisfatória.

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Você pode conferir uma amostra de cada álbum nessa nossa playlist: Spotify e Deezer.

Por hora é isto! Comentem aí o que vocês acharam desses álbuns, qual seu destaque até o momento e se deixamos passar algum álbum batido!

Confiram também os principais lançamentos dos meses de JaneiroFevereiroMarçoAbril e Maio!

E, claro, todos esses álbuns serão comentados no episódio do podcast sobre os lançamentos do 2º Trimestre de 2022, que já foi gravado e sai na próxima semana, fiquem ligados! 

2 comentários:

  1. Ótima lista

    Destaque para mim foi o Phalaris.
    Dir En Grey dificilmente erra.

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  2. Não ignorem o novo do Temple of Void e do Astronoid, tô amando os dois!

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