Lançamentos no Metal em Julho & Agosto de 2022 | Estante de Lançamentos










Os últimos meses foram atribulados para a nossa equipe, mas pra não deixar passar batido nossos posts de lançamentos, resolvemos juntar os meses de Julho e Agosto em um só post! Então se preparem porque aí vem muita banda e muitos lançamentos fodas que saíram nesses meses!

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JULHO


CONJURER - Páthos (Slugde/Post-Metal / 01 de Jul)
(ING)
Por: Paulo Rodrigues
Uma das bandas que vem fazendo mais barulho no underground lança seu segundo álbum (não contando o split com o Pijn) e marca um excelente retorno. Pathos conta com momentos de peso absurdo, que poderiam dar uma impressão de Mastodon no começo da carreira com um toque de black metal, misturado a um post-metal que lembram os momentos de auge do Isis. O álbum caminha entre momentos lindos surgindo dos momentos mais brutais que a banda apresenta. Recomendado para qualquer fã de metal moderno.


XAON - The Lethean (Symphonic Death
 / 01 de Jul) (SUI)
Por: Sander Firmo

Os suíços do Xaon apresentam no 'The Lethean', sem exageros, o melhor álbum de Death Sinfônico que ouvi nos últimos anos. No instrumental, a influencia dos grandes do subgênero Septicflesh e Fleshgod Apocalipse é inegável, além disso consegue com maestria unir os elementos de orquestra com o peso do death, fazendo o álbum como um todo soar majestoso e dramático na medida certa, e conseguindo trazer passagens que não se esperam para o tipo de som mas que se encaixam perfeitamente. Mas o principal diferencial é sem dúvidas o trabalho espetacular dos vocais, nos guturais, rasgados, drives, limpos, coros, tudo. Em todos os momentos eles não entregam nada além do extremo bom gosto. Com certeza um dos grandes lançamentos desse ano.



MUNICIPAL WASTE - Electrified Brain (Thrash Metal/Crossover
 / 01 de Jul) (EUA)
Por: Paulo Rodrigues
O Thrash Metal é um dos gêneros que ficou mais batido com o passar do tempo. É difícil termos inovações, e, quando as temos, elas geralmente começam a parecer muito mais outros gêneros do que o próprio Thrash, o que causaria a pergunta de uma pessoa que evoluiu junto com metal todo como: "Thrash Metal em 2022?". E aqui seguimos a fórmula. A banda entrega um álbum competente, voltando aos trilhos da regularidade que foi levemente abalado com o último álbum. Os riffs são bem feitos, lembrando uma fusão entre a agressividade do Slayer e a "diversão" do Anthrax. Pra quem é fã do gênero vale a pena, segue o pacote pancada & alegria que vemos no crossover. Pra quem não é, isso soa como você imagina que soe um álbum de thrash em 2022.


NOSTALGHIA - Au milieu de l'hiver (Atmospheric Post Black-Metal
 / 01 de Jul) (MEX) Por: Wellerson Ferreira
Apesar de ser um projeto com apenas 2 anos de carreira e 5 álbuns na sua discografia, Nostalghia consegue emular muito bem a essência da nova geração do Black Metal trazendo novas sonoridades e fugindo do óbvio. O álbum começa e encerra muito bem, os momentos mais atmosféricos e os elementos do Post-Black Metal estão bastante presentes. A guitarra está bem dinâmica, a bateria cumpre muito bem o seu serviço, o baixo traz um peso musical e tem seus momentos de destaque. Além disso, existe a presença de violinos ao longo das faixas e também o uso de saxofone. Au milieu de l'hiver tem apenas 4 faixas, muito bem distribuídas, e quase 50 minutos de duração. Vale a pena conferir!


SPIRE OF LAZARUS - Soaked In The Sands (Tech/Deathcore
 / 01 de Jul) (AUT)
Por: Caterine Souza
A banda austríaca existiu por 4 anos com outro nome, tendo até lançado 2 álbuns, antes de virar Spire of Lazarus, O tema lírico deles fica evidente ser sobre vídeo game quando a banda conta como 'Dark Souls' o título de um desses álbuns, sendo este lançamento inspirado em 'Prince of Persia'. Quanto ao som, 'Soaked in the Sands' do começo até o meio é totalmente eletrizante, quase não deixando espaço pra você respirar tal qual se espera de um bom tech death. Já do meio para o fim, o álbum inesperadamente estagna ou simplesmente se perde na proposta, deixando o ouvinte com a impressão de se tratar até mesmo de um CD duplo.

ASTEREAN - Cosmorama (Blackened Death
 / 04 de Jul) (BRA)
Por: Caterine Souza
Após o lançamento de um longínquo EP em tempos pré-pandêmicos, eis que Asterean vem com 'Cosmorama', primeiro álbum depois a troca de nome da banda. O álbum traz a essência que sempre esteve na banda, a beleza dos contraste: visceralidade dos vocais, reverberando na melodia das guitarras; a bateria quase ininterrupta em seu transe, fazendo berço pra voz de July Vitraniuk, cantora ucraniana que gravou sua participação na faixa 'Perseus' no início da guerra entre Ucrânia e Rússia.


ALTARS - Ascetic Reflection (Death Metal
 / 08 de Jul) (AUS) Por: Caterine Souza
Uma banda de death metal que praticamente volta da morte é a australiana Altars. Em hiato desde 2016, retorna neste ano com o segundo álbum da banda, 'Ascetic Reflection'. Um trabalho que conta com a capa de Adam Burke, um dos nomes do artwork de 2022 e logo pelo consagrado Szpajdel.


SPEKTRVM - Blood for Heaven (Prog/Doom Metal
 / 08 de Jul) (GRE) Por: Lucas Gomes
Como um debut, o álbum do Spektrvm tem boas ideias e bons riffs que são mal aproveitadas em um trabalho que tenta achar a própria voz ainda. O excelente trabalho de guitarra e o bons refrães em algumas músicas, ficam em segundo plano quando o vocal soa muito genérico e a segunda metade do álbum não tem o mesmo esméro na composição quanto a primeira.


WORMROT - Hiss (Grindcore
 / 08 de Jul) (SIN)
Por: Wellerson Ferreira
A banda Wormrot lança seu 4° álbum de estúdio que pode facilmente ser descrito em 3 palavras: rápido, violento e visceral. Apesar dessa descrição é apresentado nesse novo trabalho umas passagens melódicas bem interessantes em meio ao caos criado pelo Grindcore e esse equilíbrio sonoro deixa bem explícito a evolução da banda nesse atual momento da carreira. A bateria está bem dinâmica, a guitarra com riffs incríveis, os trabalhos vocais estão muito bons e em algumas músicas tem a presença do violino que consegue ser aterrorizante e bonito ao mesmo tempo e por incrível que pareça combinou muito bem com o estilo musical da banda. Com uma bela arte de capa que nem parece ser de uma banda de música extrema, esse novo lançamento do Wormrot começa e termina muito bem, as música estão muito bem estruturadas e a duração do álbum não deixa a desejar. Vale a pena dar uma conferida!


ANTIKLAN - Under Wetiko (Hymns From Beneath The Veil) (Slugde/Doom Metal / 13 de Jul) (
BRA)
Por: Sander Firmo

Vindos de um grande celeiro do Doom Metal brasileiro, a banda potiguar Antiklan traz no seu álbum de estreia um trabalho que mescla o Sludge e o Doom com maestria num álbum que progride e se arma de mais elementos a cada faixa que passa, não que vire um prog metal, longe disso, mas é daqueles discos onde achamos detalhes diferentes a cada audição. O vocal de Julia Gusso parte de um estilo mais Crust e caminha em vários subgênero trazendo tanta dinâmica quanto o próprio instrumental da banda. Vale destacar a parte conceitual que, de forma mal resumida por mim, fala de uma espécie de vírus mental, o Wetiko, fazendo ligações com o momento de um vírus mais explicito que estamos vivendo. Uma grande banda surgindo que indico fortemente que acompanhem!


BEHOLD! THE MONOLITH - From The Fathomless Deep (Stoner/Doom Metal
 / 15 de Jul) (EUA)
Por: Lucas Gomes

Com o timbre da guitarra tão "profundo" quanto a Fossa das Marianas e vocais que deixariam Umibozu, o Demônio dos Mares, orgulhoso, Behold! The Monolith apresenta um álbum consistente e que não reinventa a roda do Progressive Sludge mas faz tudo muito bem feito. Com grande influência de Doom, o álbum não se prolonga mais do que o necessário e, mesmo com músicas longas, a tracklist de 45 minutos torna a experiência muito agradável para amantes do estilo.


DEATHBRINGER - It (Prog Death Metal
 / 15 de Jul) (BIE)
Por: Lucas Gomes

Frenético, porradaria sem dó mas com consciência e sabendo dosar os momentos pro ouvinte respirar. "It" é um álbum sem piedade, após uma introdução surpreendentemente singela, a primeira música já dita como será o tom do álbum. Bateria quase inumana, ótimos riffs e transições que não te deixam adivinhar o que vem a seguir a cada música, o trabalho do Deathbringer nesse álbum só pode ser questionado pela longa duração do álbum que pode cansar os ouvintes que não gostam muito do estilo da banda.


ASHENSPIRE - Hostile Architecture (Prog/Post-Metal / 18 de Jul)
(ING)
Por: Paulo Rodrigues

Mais uma das bandas que não sei como encontrei, mas valeu muito a pena. Algumas comparações foram feitas com bandas como Barren Earth, A Forest Of Stars e o último e excelente trabalho do Altar of Plagues. Ouvindo a banda, as comparações fazem muito sentido, onde encontramos uma banda que passa por coisas como Symphonic metal, com (pro deleite dos fãs desses instrumentos) violinos e saxofones sendo apresentado juntos em instrumentais riquíssimos. A banda é dinâmica o suficiente para que passe também por um Prog sem ser uma demonstração de habilidades e chegar a um Post metal, quase entrando num Doom. Outra característica que as bandas acima possuem e fazem que as comparações façam sentido é os vocais bastante distintos. Aqui eles podem ser encontrados também, o que pode dificultar a audição a primeiro momento, mas, confie, vale a pena sentar pra apreciar esse trabalho.


IMPERIAL TRIUMPHANT - Spirit Of Ecstasy (Avant-garde/Tech Death Metal
 / 22 de Jul) (EUA)
Por: Paulo Rodrigues

Sim. Eles voltaram. A existência desse fato causa várias reações diferentes nas pessoas. Seguindo seu consagrado álbum de 2020, os caras retornam com um álbum onde as influências são ainda mais claras do que já eram antes. Logo de cara já encontramos riffs de thrash, mas, por saber de quem estamos falando, isso também é encontrado por gritos, e jazz e dissonância. A fórmula usada no Alphaville na produção retorna, contando mais uma vez com Trey Spruance e Colin Marston, além de participações de nomes como Alex Skolnick (Testament), Snake (Voivod), Kenny G (!) e seu filho Max Gorelick, que já passou pela banda anteriormente. Destaque também para o instrumental In the Pleasure of Their Company, que mostra ainda mais a riqueza da banda. Imperial Triumphant encontrou seu som num gênero já difícil, como fizeram Gorguts e Ulcerate. Se você não gostou até agora, não imagino que seja agora. Pra quem gosta, é mais um deleite numa sequência excepcional.


OCEANS OF SLUMBER - Starlight And Ash (Prog Metal
 / 22 de Jul) (EUA)
Por: Sander Firmo

Toda banda que tem em sua formação alguém que é excepcional nos vocais em algum momento precisa fazer um trabalho em que o foco sejam os vocais, e este é esse álbum. Temos no Starlight and Ash um palco para a Cammie Gilbert mostrar o porque de ser considerada uma das melhores vozes do metal na atualidade, tudo aqui gira em volta dos seus vocais e em nenhum momento ela deixa a peteca cair! Se aqui a banda já não apresenta o peso de autrora, a alma prog triste permanece intacta. Pode até estranhar os fãs da banda de primeira, mas a beleza das melodias e linhas vocais, junto dos momentos de explosão e catarse que algumas músicas apresentam vai conquistar qualquer um. Vale destacar o excelente cover 'House of Rising Sun' da banda The Animals, Cammie deu toda uma nova alma para esse clássico atemporal.


BECOME THE WATCHER - Trauma (Deathcore/Grindcore / 29 de Jul) (
AFS)
Por: Sander Firmo

Vindos diretamente da África do Sul, a banda traz uma mistura de Deathcore técnico com os vocais pig squeal do Grindcore. É um álbum que deve agradar um nicho especifico que são fãs tech death à la Archspire e abertos a sonoridades modernas, mas recompensa todos que se aventurarem por essas terras tortuosas. Os instrumental tem de tudo um pouco do metal extremo: blastbeast, riffs poderosos, distorções de black metal, baixo potentes, etc. Tudo isso coroado por um vocal muito bem executado que vária pelos tons do Grindcore. Além de ser um álbum muito bem produzido, que só perde um pouco pela sua duração, mas no geral é um excelente trabalho.


BELPHEGOR - The Devils (Blackened Death Metal
 / 29 de Jul) (POL)
Por: Caterine Souza

Faz um bom tempo que Belphegor nos prometia, 'The Devils'. Um álbum cuja enrolação pra sair foi maior que tudo né? Em 2022 finalmente chega aos meus e aos seus ouvidos o décimo segundo álbum desses austríacos blasfemadores, após 5 anos sem nenhum trabalho. Aparentemente melhor avaliado do que nos três anteriores, em 'The Devils' o Belphegor chega com um tom infelizmente bastante genérico, reciclando de si mesmos versões esquecíveis de ótimos trabalhos já lançados pela banda.


CHAT PILE - God's Country (Death/Grunge
 / 29 de Jul) (EUA)
Por: Paulo Rodrigues

A faixa que encerra o álbum descreve o Shake (Grimace, em inglês, da turma do Ronald McDonald’s) fumando maconha na cama do vocalista. Pode ser a coisa mais bizarra possível, mas a letra entra numa crise tão gigantesca, que marca uma fusão entre absurdo e existencialismo pouco vista em um gênero como metal. Esses absurdos são encontrados no som também. A própria banda descreve o som como “Death/Grunge”, tem quem diga que é "Sludge/Industrial", o fato é que a sonoridade é rica. Bruta, feia, os vocais parecendo que se arrastam entre horrendos e lindos. Sobre as letras, o baixista Stin diz que “mais do que qualquer coisa, a banda tenta capturar a ansiedade e medo de estar vendo o mundo acabar”. Isso é um álbum de estreia e já soa completamente ambicioso, além de gigantesco. “God’s Country” é uma reflexão também do lado mais feio dos EUA, quase como se deus tivesse abandonado o país. Surpresa absurda do mês.


GRIMA - Frostbitten (Atmospheric Black
 / 29 de Jul) (RUS)
Por: Wellerson Ferreira

Um dos grandes nomes do Black Metal Atmosférico nos últimos anos, a banda russa Grima retorna com o seu mais novo lançamento de estúdio, Frostbitten. Sendo bem direto na crítica o álbum não apresenta nenhuma novidade na discografia, é a banda repetindo a mesma fórmula dos álbuns anteriores, mas a qualidade musical ainda está presente, as músicas são boas, estão muito bem estruturadas, o instrumental continua bastante envolvente, os vocais estão muito bons. É um álbum legal mas não memorável, a banda parece que decidiu não se arriscar tanto e fazer o feijão com arroz.


KRISIUN - Mortem Solis (Brutal Death
 / 29 de Jul) (BRA)
Por: João Peralta

Os gigantes do Krisiun trouxeram mais um competente álbum em "Morten Solis". Sem grandes inovações, o 12º disco da banda entrega mais uma performance consistente na carreira dos gaúchos. Em Morten Solis, o Krisiun mostra ser uma banda que soube se modernizar ao longo do tempo e entrega um Death Metal poderoso.



AGOSTO

GOETY - Seasonal Ceremonies (Atmospheric Black Metal
 / 01 de Ago)
(EUA)
Por: Caterine Souza

Uma banda com as informações mais escassas do trimestre. Não se sabe quando foi formada ou quem são seus membros, mas por 'Seasonal Ceremonies' tem-se o necessário. Um black metal atmosférico, que por vezes flerta com o sludge por causa da bateria mais arrastada e vocais que permeiam o som, sumindo e aparecendo. Goety traz o som ideal para apreciar naquele dia nublado.


OPHIRAE - Ophidian (Melodic Death/Black Metal
 / 01 de Ago) (BRA)
Por: Caterine Souza

Segundo o Metallum, formada em 2012, mas na ativa somente desde 2020, a paulistana Ophirae traz seu sugestivo debut 'Ophidian'. O curto primeiro trabalho da banda conta com 8 faixas somando menos de 35 minutos de um som naquela pegada sueca melódica que tira qualquer death metal da mesmice.


AMON AMARTH - The Great Heathen Army (Melodic Death Metal
 / 05 de Ago) (SUE)
Por: João Peralta

E o Amon Amarth, um dos maiores nomes do Melodeath das últimas décadas, chegou com seu "novo" disco "The Great Heathen Army". O uso de aspas de justifica com a audição, que por mais que soe familiar para os fãs antigos, não demonstra grandes novidade para a discografia de uma banda que, cada vez mais, abraça a estrutura do Heavy Metal clássico e a influência comercial estadunidense. O destaque do álbum fica para a inusitada faixa "Saxons & Vikings", que como o nome sugere, é uma colaboração dos suecos com a clássica banda britânica Saxon.


EARLY MOODS - Early Moods (Heavy/Doom Metal
 / 05 de Ago) (EUA)
Por: Lucas Gomes

Todo álbum debut é uma mensagem direta do que a banda pretende ser e quem a influenciou. Early Moods deixa claro desde o primeiro riff que sem Black Sabbath, Witchfinder General e Pentagram, a banda não existiria. O Doom old school praticado neste álbum é excelente, com riffs típicos do gênero, solos e passagens que remetem até o NWOBHM. O vocal não sai da zona de conforto do gênero mas a cozinha de todos os instrumentos é um deleite para fãs das bandas supracitadas.


LIMINAL SHROUD - All Virtues Ablaze (Black Metal
 / 05 de Ago) (CAN)
Por: Wellerson Ferreira

Esse é o segundo álbum de estúdio da banda canadense Liminal Shroud que apresenta um Atmospheric Black Metal moderno bastante interessante e envolvente. Com apenas 4 faixas, a sonoridade combina muito bem os momentos enérgicos com os momentos mais soturno, cadenciado e contemplativo. O instrumental é dinâmico em nenhum momento ele se perde ou se mantém na mesmice e todas as músicas tem a sua particularidade. Vale a pena conferir esse lançamento!


PSYCROPTIC - Divine Council (Tech Death
 / 05 de Ago) (AUS)
Por: Caterine Souza

Na Austrália deve existir apenas os membros da Psycroptic pra simplesmente todas as bandas do país, já que as pessoas ali estão ativas em pelo menos outras três bandas cada. Até a arte de capa do álbum é daquele que jamais parou de trabalhar na vida, o israelita Eliran Kantor. 'Divine Council', o oitavo passageiro na discografia do Psycroptic, reflete seus membros: muita complexidade que nem parece ser construída por apenas quatro pessoas. O som parece mixado todo dobrado, sempre há a impressão de dobras de vocal, de guitarras e às vezes até de bateria em míseros 38 minutos de duração. Deveras uma obra substancial.


RAAT - Celestial Woods (Post-Black Metal
 / 05 de Ago) (IND)
Por: Peralta

No dia 05 de setembro, RAAT lançou "Celestial Woods", seu terceiro álbum de estúdio. A "one man band" indiana comandada por "Lesath" é mais uma representante do nosso tão amado Blackgaze. Dito isso, o álbum chama atenção por sua belíssima capa e pelo dinâmico trabalho de bateria ao longo de suas 8 faixas.


SOULFLY - Totem (Groove/Thrash Metal
 / 05 de Ago) (EUA)
Por: Wellerson Ferreira

O Soulfly no seu 12° álbum de estúdio já na primeira faixa entrega uma sonoridade que é bem característica da banda e que com certeza vai agradar os fãs. Mas nem só de fan service um álbum se sustenta, apesar de ter seus momentos em algumas faixas, o álbum não agrega muita coisa na discografia. O som apresenta um Groove Metal combinado com o Thrash Metal, na qual os trabalhos vocais do Max Cavalera estão como sempre muito bons, o instrumental está legal, com destaque para a bateria e a guitarra.


TOXIK - Dis Morta (Tech Thrash Metal
 / 05 de Ago) (EUA)
Por: Paulo Rodrigues

O retorno de um dos nomes mais lendários do underground do Thrash Metal de 1980. Eles, junto ao Watchtower e ao Voivod, são responsáveis por uma influência gigantesca no que veio a ser conhecido como Tech Thrash, visto hoje em bandas como Revocation. E marca um bom retorno. A cozinha é fortíssima, não perdeu um passo sequer dos seus dois álbuns clássicos. Josh Christian, líder e responsável pela guitarra líder, faz sua presença ser muito bem marcada com riffs muitíssimo bem trabalhados e solos que casam bem com o peso e a melodia. A banda é das que conta com um peso absurdo e um vocalista bem mais melódico, então, para alguns, pode ser uma quebra, pra outros, pode acabar sendo um instrumento a mais que a banda usou. Uma comparação com Exodus cai bem, onde temos Gary Holt como um dos maiores guitar heroes do gênero, e Zetro, que divide opiniões. Considerando que marca um retorno de 33 anos, a banda mostra que não perdeu a pegada.


ARCH ENEMY - Deceivers (Melodic Death Metal
 / 12 de Ago) (SUE)
Por: Sander Firmo

No mesmo em que tivemos inúmeros lançamentos no Melodeath sueco, a maior banda desta cena traz seu novo álbum. O terceiro álbum com a Alissa nos vocais é o que mais me agradou da banda nesta nova fase, principalmente pela presença dos vocais limpos maravilhosos. No mais, o álbum como um todo não é nenhuma obra prima porém tem vários momentos que animam e faixas que deverão ficar ótimas ao vivo, principalmente os singles. Um bom ar fresco na discografia da banda que deve continuar agradando os fãs, quem sabe até resgatando alguns dos antigos e cooptando novos.


ASCENT OF AUTUMN - Awakened (Djent/Deathcore
 / 12 de Ago) (AUS)
Por: Sander Firmo

Agora é a hora de espantar o metaleiro que odeia a modernidade: simplesmente Deathcore e Djent unidos. A proposta tinha tudo pra soar genérica ou exagerada, mas a banda faz escolhas de um extremo bom gosto e consegue fazer uma sonoridade ao mesmo tempo densa, pesada e dinâmica. Os moderninhos de plantão não irão se arrepender de conferir este excelente trabalho de estreia.


ENTHEOGEN - Transmogrify (Prog Death Metal
 / 12 de Ago) (BEL)
Por: Paulo Rodrigues

Pra quem gosta de bandas como Scale The Summit, Intervals, imagine essas bandas com um vocalista de Death Metal. Por muitas vezes, a ambientação pode lembrar bandas como Ne Obliviscaris ou os trabalhos mais recentes do Rivers Of Nihil. Esse é um álbum de estreia com um potencial absurdo. Havia um bom tempo que eu não ouvia uma banda de prog death com o instrumental tão rico. Porém, o álbum pode cansar alguns, visto que os vocais são usados em poucos momentos. O instrumental carrega a banda, fazendo com que os vocais sejam apenas passagens breves. Mas não deixe isso afastar o que pode ser o surgimento de um grande nome.


THE HALO EFFECT - Days Of The Lost (Melodic Death Metal
 / 12 de Ago) (SUE)
Por: João Peralta

No dia 12 de setembro, The Halo Effect fez sua estreia com “Days Of The Lost”. Dá para se dizer que os suecos são um “puxadinho do In Flames”, já que reúne 5 ex-integrantes da banda, com destaque para Mikael Stanne do Dark Tranquility. Diante disso, o disco entrega exatamente o que promete: um Melodic Death Metal com passagens rápidas, melodiosas e grandiosas e, claro, muitas dobras de guitarra.


PARASITE INC. - Cyan Night Dreams (Melodic Death Metal
 / 19 de Ago) (ALE)
Por: Sander Firmo

Mais um lançamento de Melodeath do mês, e aqui temos uma proposta de pegar a sonoridade clássica da cena sueca e temperar com elementos modernos que esbarram no Metalcore. Tanto o instrumental quando os vocais apresentam uma variedade interessante que não deixam o álbum cair na mesmice. Diria até que esses momentos Metalcore foram o que mais me chamaram a atenção, principalmente pelo vocais melódicos, melodia dos refrãos e os teclados modernosos à la Amaranthe.


BECOMING THE ARCHETYPE - Children Of The Great Extinction
(Prog Metalcore/Melodeath
 / 26 de Ago) (EUA)
Por: Lucas Gomes

Tirando o fato de ser uma banda de Christian Metal então eu nem fiz questão de prestar atenção nas letras, Children of the Great Extinction é um álbum conceitual longo e complexo. Com ótimos riffs e um vocal que mistura os guturais e vocais limpos típicos do metalcore, Becoming the Archetype volta de um hiato de 10 anos com um trabalho cheio de boas ideias mas com poucos momentos marcantes. Os 49 minutos passam lentamente pois várias músicas soam muito parecidas e a audição fica maçante.


BLACKBRAID - BLACKBRAID I (Atmospheric Black Metal
 / 26 de Ago) (EUA)
Por: Caterine Souza

Arrebatador é a palavra pra definir 'Blackbraid I', o primeiro trabalho da banda de mesmo nome. Formada há dois anos, Blackbraid é, na verdade, one-man band ímpar vinda das montanhas Adirondack, EUA. Sgah'gahsowáh é a criatura por trás deste som magnífico que em momentos encosta em coisas que Mgła já produziu em termos de guitarras e vocal rasgado, mas que também chega no Uada pela atmosfera. Como se fosse possível, o homem ainda traz elementos indígenas de sopro - provavelmente flautas - que só engrandecem e embelezam ainda mais o álbum entre uma faixa e outra mais puramente black metal.


BRYMIR - Voices In The Sky
(Melodic Death/Pagan Metal
 / 26 de Ago) (FIN)
Por: Wellerson Ferreira

Na estrada desde 2011, a banda finlandesa Brymir lança seu 4° álbum de estúdio, Voices In The Sky, que logo na intro da faixa de abertura já causa uma boa impressão com os elementos do folk e com uma clara inspiração na banda Ensiferum. Esse álbum traz no seu som o Symphonic Metal, com uma orquestração muito boa e em alguns momentos o uso de corais. Há também no som um Death Metal bastante veloz com a presença de vocais guturais bem nervosos, uma bateria bastante firme e brutal, mas também fazendo um contraponto uma guitarra bastante melódica. Quem curte esse tipo de som, vai gostar bastante desse lançamento.


DREADNOUGHT - The Endless
(Prog/Avant-garde/Black
 / 26 de Ago) (EUA)
Por: Paulo Rodrigues

Não deixe o "Avant Garde" te enganar. Esse é um álbum de prog death. O instrumental por vários momentos passa por elementos do Black metal, até mesmo do Doom. O uso de vocais de death metal em contraste com os vocais limpos casa muito bem. Pra alguns, pode ter um som tão lindo quanto a capa. Pra outros, pode ser apenas um território seguro.


LUSTRE - A Thirst For Summer Rain (Ambient/Atmospheric Black Metal
 / 26 de Ago) (SUE)
Por: Wellerson Ferreira

Lustre é uma one man band sueca que tem como característica em seus álbuns a presença de uma sequência melódica inicial, a partir da primeira faixa, e logo depois essa sequência é explorada de diferentes formas nas faixas subsequentes, ou seja, uma música lembra a outra mas é diferente, é como se cada faixa fosse uma continuação mas sem repetir a sequência de notas. E em A Thirst for Summer Rain não é diferente essa técnica se mantém e todo foco está nos sintetizadores do Nachtzeit que dita o caminho a ser traçado durante a audição trazendo uma atmosfera bem nostálgica e reflexiva. Outro destaque é a excelente escolha de capa que consegue transmitir muito bem a atmosfera presente nesse álbum. Vale a pena conferir!


MACHINE HEAD - Of Kingdom And Crown (Groove/Alternative Metal
 / 26 de Ago) (EUA)
Por: Lucas Gomes

O álbum é repleto de ótimos riffs e solos muito bem executados, os instrumentos estão muito bem. Porém, a necessidade de fazer um hit a cada música me tirou o prazer de ouvir grande parte do álbum. A primeira música do álbum é uma pedrada, muito bem executada e até a letra é legal. Dali pra frente, pra cada bom riff, tem uma letra cringe. Pra cada bom momento instrumental, Rob Flynn soa como uma cópia de alguém que faz aquele vocal melhor. Não foi dessa vez de novo.


SIGH - Shiki (Avant-garde Black Metal
 / 26 de Ago) (JAP)
Por: Paulo Rodrigues

Sigh é uma banda lendária do Japão e um dos principais nomes em um gênero de nicho, que é o Avant Garde Metal. Vocês podem estar lendo quem escreveu e pensar que deve ser aquelas bandas densas, mas não, Sigh caminha uma linha comparavel a bandas como Diablo Swing Orchestra e Thy Catafalque, onde existirá um encontro entre diversas sonoridades, mas fazendo isso de maneira que seja mais fácil cativar novos ouvintes. O álbum passa por momentos diversos encontrados em basicamente todos os subgeneros que conhecemos, além de puxar infuências de música eletrônica e jazz. Cada música é uma viagem, então prepare-se pra uma tour.

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Por hora é isto! Comentem aí o que vocês acharam desses álbuns, qual seu destaque até o momento e se deixamos passar algum álbum batido!

Você pode conferir uma amostra de cada álbum nessa nossa playlist: Spotify e Deezer.

Confiram também os principais lançamentos dos meses de JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaio e Junho!

E, claro, todos esses álbuns serão comentados no episódio do podcast sobre os lançamentos do 3º Trimestre de 2022!

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